Nossa História:

Dê um click no link abaixo e conheça histórias da Infância de dois irmãos , vivida na localidade de Duas Lagoas, Nado e Nido e a aventura que tiveram a procura das esmeraldas do Ribeirão..

Diário de Garimperio: Autoria - Reinaldo Cardozo da Cruz - Nadoautodidata.

Poemas - autoria: Reinaldo Cardozo da Cruz - nadoautodidata

Composições de Reinaldo e Renildo (Quando era o grupo Gêmios do Forró).


História do Município:

Antiga povoação de Pau-ferro, depois Morros, Planaltino foi desmembrado do município de Maracás pela Lei estadual nº 1775 de 30 de julho de 1962, sendo instalado a 07 de abril de 1963. Sabendo-se que os primeiros habitantes foram remanescentes do desbravador João Amaro, que se juntaram aos primeiros colonizadores de Maracás e a tropeiros que demandavam das minas do Rio de Contas à histórica cidade de Cachoeira.
Seu topônimo, Planaltino, deveu-se ao fato da existência de patamares e restos de esplanadas, Planalto Sul Baiano.
Seu primeiro prefeito eleito foi o senhor Edésio Ramos Costa.
O artigo 2º da Lei nº 1775 de 30 de julho de 1962, constituiu o município de Planaltino de três distritos: Planaltino, Nova Itaípe e Ibitiguira (formação atual). Em 14 de maio de 1982, a Lei nº 4030 dá nova redação ao artigo 2º da Lei 1775 de 30 de julho de 1962.
Fonte: Prefeitura Municipal de Planaltino
Patrimônio histórico


Igreja de São Roque
Foi construída no século XIX pelo senhor Diocleciano Pereira da Silva , em decorrência de uma peste, doença chamada de bexiga, conhecida hoje como varíola. Naquela época havia uma precariedade muito grande a respeito da saúde, o único médico Dr. João vinha do município de Maracás montado no lombo de um burro para atender as pessoas. Diante dessa dificuldade e como o senhor Diocleciano era católico fervoroso fez uma promessa para São Roque que é o Santo protetor contra a peste, (doença contagiosa). Se a partir daquele dia não morresse mais ninguém ele construiria uma igreja ou capela no alto de um morro. E Deus ouviu seu pedido e a promessa foi cumprida, foi construída a capela a qual existe até hoje. Nesta capela foi sepultado, juntamente a sua esposa a Srª. Isaura Couto da Silva que também deu a sua contribuição para a educação de Planaltino.Também estão sepultados seus familiares: Valdelice Borges, Lucivaldo Curvello da Silva, Osvaldo Pereira da Silva, Maria Lucia Curvello, Célia Maria Curvello. Todos os anos no dia de 16 de agosto havia uma homenagem ao santo padroeiro; antes da festa era realizado um novenário. Como a igreja era muito pequena e não comportava a quantidade de pessoas, a missa era campal celebrada por padres, bispos, cardeais que vinham de Jequié, Salvador, Amargosa e outras localidades. O pequeno município se transformava, pois centenas de pessoas vinham de diversas regiões prestigiar a festa do glorioso São Roque. Como naquela época as estradas eram precárias, várias pessoas vinham no lombo de animais. Em todos os cantos via-se barracas de mascates, fotógrafos, tabuleiros de baianas espalhados por todo município. Era um contingente muito grande de pessoas. A festa se dividia em duas partes: a festa dançante e a festa em homenagem ao padroeiro. Na véspera havia uma festa dançante, que acontecia num antigo casarão, atualmente onde funciona o Bradesco (Brasil Descontos). Na segunda feira a noite também acontecia à festa, ao tom das bandas Embalo quatro, Oliveira e seu conjunto, Os Incríveis, os Jazz, Sanfoneiro Francisco Leite animavam a festa por toda noite. A festa perdurou até o ano 1976 (aproximadamente) Após a morte de Dona Waldelice Borges dos Santos filha de Dona Helena Borges da Silva, a principal organizadora da festa, a família resolveu apartir daquela data só celebrar a missa e a procissão. Infelizmente, essa grande tradição caiu no ostracismo. Até o novenário acabou. Hoje, todos 16 de agosto acontece o Tríduo, uma simples celebração de três noites. Atualmente a pessoa responsável pela organização das celebrações é a senhora Elizabete Alves de Souza (viúva de Lucivaldo Curvelo da Silva). Apesar de ser uma construção antiga, ainda resiste ao tempo, sendo que seus familiares fazem tudo para preservá-la. A primeira celebração foi feita pelo Padre Paulo Bento, e a última festa foi feita pelo Padre Quintino e atualmente são celebradas por vários párocos. O atual pároco chama-se Pe. Paulo Silva.



Igreja de São João



Construída no século XVIII, é a capela mais antiga da nossa cidade. Foi construída pelo Srº João Clemente que era parteiro nesta época, ainda resiste também ao tempo; no seu interior há um grande altar de madeira com uma escada a qual vai até ao coro onde ficava o coral para acompanhar as celebrações. Como no município naquela época não existia cemitério, as pessoas construíam uma pequena capela para enterrar seus entes queridos e fazer as suas orações. Tanto o construtor da capela como sua esposa foram sepultados dentro da capela. Antigamente eram realizadas novenas e procissões à noite em homenagem ao São João. Nos dias de festas era acesa uma grande fogueira. As festas eram organizadas por Dona Ezidia. No mês de junho as pessoas que ainda freqüentam fazem o trido (uma simples celebração de três noites) e celebram uma simples missa em homenagem ao santo junino. Por ficar um grande tempo abandonada é uma das capelas que mantêm ainda a sua estrutura original sofrendo poucas modificações: o piso, o oratório, as imagens, os assentos ainda permanecem os mesmos. A pessoa responsável pela organização das celebrações é Dona Leonidia do Espírito Santo Dias Cruz (popularmente conhecida como Dona Nina de Cute). Para a comunidade católica essa capelinha tem um valor extraordinário, várias pessoas valorizam e agradecem ao Santo São João.

Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores




Foi construída há 200 anos pelo Senhor Benedito Cardoso de Novaes, avô do Srº Antonio Cardoso(popularmente conhecido como Charuto) que tinha como incumbência fazer a alvorada e tocava o sino convidando a comunidade para os festejos. Antigamente a sua construção era em estilo colonial, com enormes portas, com um grande altar, imagens antigas, bancos rústicos, tendo uma sacristia, uma pia de batismo feito de cimento; a sacristia onde guardava dois andores, um estandarte, um confessionário rústico feito de madeira e uma escada que dava acesso ao sino. O interessante é que o sino antigamente era utilizado como símbolo de comunicação: quando tinha missa às badaladas eram em tom rápido para avisar a comunidade e as badalada com tom compassado e lento era para anunciar o falecimento de alguém no município. Nessa época, tinha como zeladora uma senhora chamada Amanda Pereira. Essa igreja foi reformada atualmente com ampliação do altar, espaço para colocar o sacrário, o piso foi trocado, foi feito uma rampa junto a calçada para deficientes físicos para assistirem as missas dominicais, o forro foi trocado por material de PVC isso tudo com a ajuda da comunidade e de alguns comerciantes. O pároco da época (2004 - 2008), Pe. Petrônio de Fátima Bomfim Alves teve grande influência nestas modificações. Atualmente o sino encontra-se desativado. Ao lado da igreja há uma casa paroquial onde fazem reuniões para tratar de assuntos referentes a igreja e da própria comunidade. As festas são realizadas geralmente no início do mês de dezembro, com alvoradas, missas solenes, batizados, casamentos, procissões e primeira eucaristia. Através da Lei Orgânica do Município, revisada pela Cãmara Municipal de Planaltino, deu carater festivo e ferial à festa de Nossa Senhora das Dores, para o dia 15 de setembro. Atualmente as pessoas responsáveis pela organização das celebrações é a senhora Elizabete Alves de Souza e as ministras Dona Gildete Cardoso Paiva, Leonidia do Espírito Santo Dias Cruz, Tereza Luciano Fontes e Joselita Amorim Souza, na ausência do pároco, elas ficam responsáveis pela Celebração da Palavra.


Barragem Nova Esperança




No ano de 1967, havia uma grande precariedade de água em Planaltino. Em 1968, o prefeito Lauro Ribeiro de Novaes, percebendo que a população de Planaltino estava crescendo e com isso aumentando ainda mais a necessidade por água, idealizou um projeto para construção de uma barragem visando suprir o consumo de água dos moradores. Diante da escassez da’água o prefeito com o apoio de toda comunidade deu início a construção da barragem no terreno do Sr.Celino José Fontes, o qual doou o mesmo beneficiando toda a comunidade com este ato. Pois até o presente ano citado acima, não havia a barragem nova esperança, nome que faz jus a este patrimônio, porque contam os moradores que depois da construção da barragem a esperança voltou para Planaltino. Para a construção da barragem Nova esperança foi utilizado um maquinário de Feira de Santana, além disso, o prefeito Lauro Ribeiro de Novaes contratou um engenheiro de origem alemã que morava no município de Maracás para realizar a construção. No mesmo período foram construídas outras barragens de menor porte na zona rural.
Eram tempos difíceis para todos, por não haver água disponível, os moradores do município pegavam água numa localidade denominada brejinho, de propriedade do Sr. Deraldo Pereira da Silva, no Jerome, no Pé da pedra e no Morro de cima; que eram minadores naturais situados aos arredores do município. A água retirada desses minadores era utilizada para beber, lavar roupa, entre outros tipos gastos, só que a água não era suficiente para suprir a necessidade de todas as pessoas que aqui moravam na época. Muitos carregavam a água dos minadores em latas, na cabeça, também em carotes e transportada em lombo de animais, era um grande sofrimento principalmente pela distância que percorriam. A conclusão da barragem aconteceu seis meses após o início da obra. Depois de construída a Barragem Nova Esperança passou por diversas reformas e desde então nunca secou. A EMBASA (Empresa Baiana de Abastecimento) passou a abastecer toda população Planatinense com água potável a partir da década de 90. Esta Obra marcou a administração do prefeito Lauro Ribeiro de Novaes, que entre outras realizadas em seu governo que beneficiou toda população.


Bandeira

A Bandeira do Município de Planaltino foi desfraldada no dia 20 de julho de 1980, no 18° aniversário de Planaltino na sua emancipação e 17° aniversário de instalação do Município.
Suas cores representam:
Azul – O nosso céu, a liberdade, o zelo e a justiça do júri. Verde – A agropecuária a esperança do povo.Vermelho – O café, o amor pátrio, a dedicação e a coragem do povo Planaltinense. Amarelo – A soberania, a riqueza e a glória, os três domínios da natureza: mineral, vegetal e animal. Branco - A pureza, a paz e religiosidade do povo. A letra π (PI) grego – é inicial do topônimo PLANALTINO e representa matematicamente 3,14,16 ou cabolísticamente, a imperatriz, a temperança, a casa de Deus (organização racional, realização, império).
Data da aprovação: 30 de julho de 1980
Autor: José Elias de Matos

Obs: quem tiver a história das Igrejas evangélicas de Planaltino, disponibilize para que eu possa está postando em meu blog.

História de Nosso Povo.


Estive neste domingo dia 21/03/2010, reunido embaixo de uma árvore, compartilhando de uma deliciosa sombra. Um momento mágico que se tornou uma tarde de domingo, onde vários senhores contavam histórias.
O Senhor Otávio Bernardo lembrava do Roubo de Mato para fazer roça que era tradição em Planaltino e região entre os anos de 1964 a 1968. Como exemplo citou o roubo de mato que aconteceu na fazenda do seu pai.
Os homens chegavam com uma bandeira anunciando o roubo do mato. A noite quando o fazendeiro percebia, já estavam trabalhando. O Pai do Senhor Bernardo, teve que matar 02 bois, pois o serviço aumentou e quem roubava mato não podia deixar o serviço pela metade, tinha que fazer por completo.
Conversa vai, conversa vem, Amandinho falava para todos que a primeira TV que entrou em Planaltino foi a da casa do Senhor Artur. Odilon continuou dizendo: a televisão daquela época era de madeira e só tinha uma pequena tela (o pessoal chamava de caixão de Oropa) e era muito pesada.
O Senhor Joãozinho falava pra todos, que, quando pequeno usava uma espécie de vestidão, ficava meninos e meninas usando um tipo de saia. Ainda na conversa, nequinha e Amandinho lembrava que nos anos de 1974, faziam uma fila de pessoas para assistir televisão, pois tinham poucas, os postes das ruas, eram enormes feitos de madeira, a energia era produzida por um motor ligado a um gerador que distribuia energia para as casas da Cidade.
Na conversa, culpavam as máquinas, pois as mesmas fazem o trabalho de vários homens, com isso às pessoas perderam a prática de fazerem mutirão para o trabalho na lavoura, hoje se tornou muito individualista e não tem mais aquele encanto de antigamente.



De Fotos Nado


Batendo um dedinho de prosa com o meu pai, José Antônio, tive conhecimento que por volta dos anos 60 na região de Duas Lagos havia um pequeno grupo musical formado por ele (Sanfona), José de Firmino (Vocal) e Aloísio (tocador de ganzarro). O grupo se apresentava em casamentos e apresentações em botequins da região, sendo este o repertório:


Siri com molho, Asa Branca, Julieta, As mocinhas da Cidade, Ouro fino, Rosinha não chora, Mamulengo, Juazeiro, Mandacaru, Menina de Copacabana, Ai,Ai, oi,oi, Calu;Calu, Amigo do Peito, Vai Andorinha, Se esta Rua fosse minha, Faladeira, Assun Preto, Frevo da Noite de São João, Pau Pereira, Mulher Rendeira, Chanduzinha, dentre outras músicas.


Fala o êx-sanfoneiro José Antônio que o grupo permaneceu por muito tempo na região, porém, a falta de instruções foi um dos motivos que fez com que este chegasse ao fim.
Os músicos só tocavam de “ouvido” por não conhecer a tonalidade de seus instrumentos.
Mesmo assim as músicas eram executadas de maneira espetacular agradando o seupúblico. O mesmo lembrou da maneira como o ingresso era cobrado em festas fechadas: Quando alguém pegava uma garota para dançar, outra pessoa já chegava para cobrar.
Se dançasse sozinho não pagava nada. Em conclusão de nossa prosa, citou uma das brincadeiras da época: No meio do salão um grupo colocava um litro de bebida, e aquele que o derrubasse teria que pagar uma bebida para a figura que estivesse dançando.


Luz florescente aparece e desaparece no céu da Fazenda Ribeirão - Planaltino-Bahia.

Lembrei-me da história que Diamante Negro contou,   dizia que, um dia estava na Fazenda Ribeirão, pois passava alguns dias. Seu pai teria brigado e acabou expulsando de sua casa, indo para fazenda Ribeirão(fazenda do pai de nadoautodidata). Numa das noites de lua cheia, fazendo um quarenta, uma espécie de bolo de milho cozido, quando observou uma luz que vinha da casa que Zé Guará morava, o mesmo era o vaqueiro da fazenda vizinha. Percebendo que não seria um candeeiro ou uma lâmpada e sim uma luz florescente bem forte que vinha a sua direção, ficou de boca aberta só contemplando aquela luz que nunca teria visto antes. Quando pensou que não, a luz foi em direção ao pé de amêndoa e teve a impressão que teria afundado e em poucos segundos desapareceu.
Depois do ocorrido, meu Pai colocou um senhor chamado Bernardo para tomar conta do gado e residir na Fazenda. Passado algum tempo, este homem começou a falar, que no lajedo caiu uma bola de fogo e o mesmo pegou fogo. Meu pai pensando que o mesmo estava ficando doido, tratou de mandar o homem embora pra não ter problemas futuros.
História que esta no livro que escrevo, chamado Diário de um Garimpeiro.
Nadoautodidata
Cidadão Planaltinense.







A 1ª Banda Musical de Planaltino formada a partir do ano de 1973.
O nome do grupo era OS MECÂNICOS SHOW.
Sua Composição: Vero (Vera) , Pé-de-Dega, Fafá e Carlinhos.
Imagem que vera um dos componentes forneceu para ser postada neste blog. 
Vera aqui vai meus agradecimentos.
Reinaldo Cardozo da Cruz
Nadoautodidata
08/12/2009.


Como surgiu o Arraiá do Cabação.







Tudo começou quando alguns jovens tiveram a idéia de criar um Kiosk, com o objetivo de acolher alunos. O espaço depois de pronto ficou bem legal, e daí surgiu a idéia de fazer uma inauguração. Juntos chegaram a conclusão de fazer uma festa Junina no intuito de resgatar o São João na Roça. Uma outra preocupação seria encontrar um nome para o Arraiá. Foi quando um dos jovens, disse:
_ “Como aqui está cheio de donzelos, que tal colocarmos o nome de Forró do Cabação?
Alguns concordaram, outros ficaram com receio, mais acabaram se decidindo por Forró do Cabação. Coincidência ou não, naquela região (Santo André) também plantava-se muita cabaça. A festa aconteceu, e a comunidade que antes tinha resistência ao nome, começou a aceitar e compartilhar do forró, além do delicioso licor servido numa enorme cabaça enfeitada e das comidas típicas doadas pela própria comunidade e localidades vizinhas que participam ativamente deste arraiá. Nessa festa animada, destaca-se também, o pau de sebo, o casamento matuto, bem como, a quadrilha maluca, os quais fizeram com que o “Arraiá do Cabação” se tornasse tradição. Já vamos para a 2º Edição diz o Idealizador do Evento, Gildeilson, também conhecido como Dei – Agente de Saúde e morador do Povoado do Santo André. A 1ª Edição da Festa contou com a presença do Prefeito Zeca Braga, que aprovou a idéia e se tornou um divulgador do evento. Segundo o mesmo, a festa que tem iniciativa da comunidade é um tipo de evento que aproxima mais as pessoas do Povoado com a Sede e outras localidades. Assim, espera que mais comunidades sigam este exemplo.

A festa acontece sempre na ressaca do São João da Sede Planaltino – Bahia. Desde a 1ª Edição da Festa assim como a 2ª Edição, que será no dia 27 de Junho, terá o apoio da comunidade e da Prefeitura Municipal de Planaltino – Bahia.

Telefone de Contato dos Organizados da Festa: (73) 3546 - 2136

Nadoautodidata Promovendo Cultura.




Os Anos de 1960 na Região de Duas Lagoas.








Por: José Antonio Rodrigues da Cruz.


Meus pais: Antonio Rodrigues da Cruz e Francisca Oliveira da Cruz, se casaram e formaram uma família. Chegando a 14 filhos, morreu 01 e criaram 13. Neste tempo salvava por milagre, coragem, sorte e a força da natureza. Não tinha posto de saúde, médicos, ambulância, remédios de graça. Nada disso existia na região em que morávamos chamada Duas Lagoas.

Meus Pais não tinham estudo, emprego, nem eram aposentados, não tinha escola pública, transporte, nem estradas asfaltadas. Eles nem conheciam um carro ônibus, os transportes eram cavalo, burro, jeque e carro de boi para alguns fazendeiros.

Os filhos a partir dos 7 e 8 anos já trabalhavam com os pais na lavoura, com roupas ruins e pés no chão. Até os dezoito anos, a partir dai faziam seus ranchos ou saiam de casa sem destino, sem estudo para aventurar a vida.

Na minha casa tinham 13 filhos, minha mãe escolheu apenas um para ensinar a ler e escrever, pois era para responder as cartas dos outros filhos que moravam em São Paulo-SP.

Neste período tinha algumas famílias que a condição de pobreza era tanta que, quando morria uma pessoa da família, arrancava a porta para fazer o cachão e sepultar o morto.

A HISTÓRIA DE SUCESSO.

Com toda dificuldade os filhos do Sr., Antonio Rodrigues da Cruz conseguiram alcançar seu 60 e 90 anos de idade. O menino que aprendeu escrever para responder as cartas para os irmãos, começou a sua vida na localidade de Duas Lagoas.

Nesta comunidade construiu praticamente sete casas, comprou sua fazenda, estabeleceu uma casa comercial para atender todos os moradores. Foi o primeiro que comprou uma TV, e foi eleito vereador.


De Duas Lagoas para Planaltino-Ba.


Conseguiu colocar os 02 filhos na escola, deu condições para o seu filho mais velho ganhar a sua vida pois o mesmo não queria estudar.

Com os seus 68 anos está em plena atividade em sua fazenda, criando gado, bode, plantando maracujá e tem sua casa na Cidade e seu carro de passeio.

Hoje os seus três filhos todos estão estruturados sendo dois formados, um trabalhador autônomo que tem sua fazenda e o1 carro de trabalho.

Esta á a História de José Antonio Rodrigues da Cruz (Zé Antonio de Duas Lagoas).

Pai de Nadoautodidata.

02 de março de 2010 - Planaltino-BA


Senhor Charuto, um dos que ajudou na construção de nossa história.




De Foto do Senhor Charuto

Produtores de Farinha do Povoado da Angélica.



Nosso Povo.

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