Numa conversa entre senhor Tote e Zelão fiquei de expectativa. O papo estava me agradando. Zelão falava que há muito tempo atrás em nossa região tudo era muito difícil. As pessoas não tinham condições nem de ter uma cama pra dormir. Faziam camas com varas e palhas.
Entre uma conversa e outra, falou que tinha ganhado uma aposta. Aposta esta que foi plantar 10 litros de milho em um dia de serviço.
Ganhando a aposta ficou com o corpo quebrado durante uma semana. Falou que há muito tempo atrás ele via uma tocha de fogo sair de um morro lá para os lados do barro vermelho e fazer mira para a lagoa da onça.
Segundo Zelão hoje não se ver mais ouro mudando. Devido o fato de os estrangeiros terem tirado o ouro que estava naquelas terras.
Falou ainda que lá na lagoa da onça tinha um lugar que ninguém passava a noite.
Este local, as pessoas viam assombrações, vultos andando a noite. O local tinha duas pedras divididas por um pequeno caminho.
Zelão falou que os italianos ou estrangeiros exploraram o ouro que tinha na rocha por isso as assombrações acabaram. Aos 93 anos o mesmo afirma: a cama é uma forma de aprisionar as pessoas, quanto mais ficamos nela mais acabamos de nos aprisionarmos. E por isso se eu não morrer daqui pra novembro vou arranjar um pedaço de terra pra fazer um plantio. Alguns moradores comentavam que quando novo ele teria trabalhado como jagunço nas fazendas da região.
Obs: zelão é parte da história que nós estamos perdendo, ele não está mais entre nós. Só a sua história ficou registrada em meus relatos. Ele acreditava que o ouro mudava de um local para outro, acreditava na terra, era um homem do campo. Se não tiver um regate cultural sério tornaremos pessoas pobres culturalmente.
Nadoautodidata
25/11/2009
Entre uma conversa e outra, falou que tinha ganhado uma aposta. Aposta esta que foi plantar 10 litros de milho em um dia de serviço.
Ganhando a aposta ficou com o corpo quebrado durante uma semana. Falou que há muito tempo atrás ele via uma tocha de fogo sair de um morro lá para os lados do barro vermelho e fazer mira para a lagoa da onça.
Segundo Zelão hoje não se ver mais ouro mudando. Devido o fato de os estrangeiros terem tirado o ouro que estava naquelas terras.
Falou ainda que lá na lagoa da onça tinha um lugar que ninguém passava a noite.
Este local, as pessoas viam assombrações, vultos andando a noite. O local tinha duas pedras divididas por um pequeno caminho.
Zelão falou que os italianos ou estrangeiros exploraram o ouro que tinha na rocha por isso as assombrações acabaram. Aos 93 anos o mesmo afirma: a cama é uma forma de aprisionar as pessoas, quanto mais ficamos nela mais acabamos de nos aprisionarmos. E por isso se eu não morrer daqui pra novembro vou arranjar um pedaço de terra pra fazer um plantio. Alguns moradores comentavam que quando novo ele teria trabalhado como jagunço nas fazendas da região.
Obs: zelão é parte da história que nós estamos perdendo, ele não está mais entre nós. Só a sua história ficou registrada em meus relatos. Ele acreditava que o ouro mudava de um local para outro, acreditava na terra, era um homem do campo. Se não tiver um regate cultural sério tornaremos pessoas pobres culturalmente.
Nadoautodidata
25/11/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário
amigos são para sempre.